O Seminário de Leitura II, do Laboratório Antropológico de Grafia e Imagem (La'Grima), em continuidade às leituras do ano anterior, contempla, nesta edição, a discussão do livro "A leste dos sonhos", de Nastassja Martin.
À leitura desse livro, acrescentamos uma indagação em função da qual outras leituras farão dobras. Assim, trata-se de formular e discutir os desafios e as possibilidades de grafias dos sonhos a partir de diferentes materiais  (textos, fotografias, filmes, desenhos, entrevistas), buscando investigar as relações entre visível e invisível, imagem e palavra.
O Seminário é conduzido por pesquisadores do La'Grima. Nessa segunda edição, abrimos 5 vagas para estudantes de antropologia e áreas afins que estejam no último ano de graduação e na pós-graduação. 

Pedimos que os interessados enviem uma carta de intenção, até o dia 6 de maio às coordenadoras do Seminário: 

• Daniela Feriani (danielaferiani@yahoo.com.br)

• Mariana Petroni (marianapetroni@hotmail.com) 
   

  Programação:

  
  17 de maio:

• Livro: "A leste dos sonhos", de Nastassja Martin;
• Entrevista: "Ciclo dos sonhos - Caminho-sonho", com Nastassja Martin e Ailton Krenak (Youtube: SELVAGEM ciclo de estudos sobre a vida); 

• Entrevista: "Nós que sabemos sonhar", com Sanda Benites, Sergio Yanomami e Alberto Álvares (Revista de Antropologia USP);

  
  28 de junho:

• Livro: "O desejo dos outros: uma etnografia dos sonhos yanomami", de Hanna Limulja;
• Livro: "A queda do céu: palavras de um xamã yanomami", de Davi Kopenawa e Bruce Albert;
• Entrevista: Ciclo dos sonhos: Planta-sonho, com Leandro Altheman e Ailton Krenak (Youtube: SELVAGEM ciclo de estudos sobre a vida);
• Ensaio fotográfico: "Sonhos", de Claudia Andujar;
• Ensaio fotográfico: O pesadelo, de Claudia Andujar;
  
  05 de julho:
• Texto: "Cameraless Photograpy and its imponderable media", de Margareta Ingrid Christian; 
• Entrevista: "Ciclo dos sonhos - Desenho-sonho", com Sidarta Ribeiro e Ailton Krenak;
• Entrevista: "Ciclo dos sonhos: Vida-sonho", com Cris Takuá, Moisés Piyako e Ailton Krenak;
• Filme: "Xapiri", de Leandro Lima, Gisela Motta, Bruce Albert, Stella Senra e Laymert Garcia dos Santos;
• Filme: "Sonhos", de Akira Kurosawa; 
• Pintura/Desenho: Obras de Jaider Esbell; 
• Pintura/Desenho: Obras de Daiara Tukano;
   

No dia 10 de maio às 14h, o Laboratório Antropológico de Grafia e Imagem (LA’GRIMA) irá realizar mais uma Sala de Cinema La'grima, com a transmissão do filme “Teko Haxy - Ser Imperfeita”, dirigido por Patrícia Ferreira Sophia Pinheira. O evento terá a participação especial da co-diretora do filme Sophia Pinheiro, e após a transmissão acontecerá um debate com a co-diretora, Luiza Serber (Doutoranda PPGAS/UNICAMP) e Italo Mongconnãn (Doutorando PPGMM/UNICAMP), mediado por Mariana Stolf (Mestranda PPGMM/UNICAMP), e coordenado por Profa. Dra. Suely Kofes e a Profa. Dra. Fabiana Bruno. O evento será no auditório Fausto Castilho, no prédio de graduação do IFCH, e tem previsão de término às 18h.  Estão todes convidades!

Sinopse do filme 

Um encontro íntimo entre duas mulheres que se filmam. O documentário experimental é a relação de duas artistas, uma cineasta indígena e uma artista visual e antropóloga não-indígena. Diante da consciência da imperfeição do ser, entram em conflitos e se criam material e espiritualmente. Nesse processo, se descobrem iguais e diferentes na justeza de suas imagens.

Trata-se de uma proposta de workshop para pensar, criar e trabalhar com fotografias na prática antropológica ou na antropologia, e assim, produzir conhecimento por imagens. Para isso, vamos (re)pensar a fotografia e seu estatuto científico para associá-la à antropologia ecológica. A ideia é desenquadrar fotografias e colocá-las no mundo, em trocas, para construir saberes de modo compartilhado e colaborativo.

Duração de workshop
O workshop tem 4h (quatro horas) de duração, com início às 14h30 e término às 18h, divididos em dois módulos, são eles:

 

• 2h - Primeiro módulo: as/os estudantes participam de um debate colaborativo com imagens para pensar e (re)pensar a fotografia e sua epistemologia.

• 2h - No segundo módulo: será feita uma atividade prática e performática para desenquadrar fotografias e colocá-las no mundo.

Público-alvo
Pesquisadoras, pesquisadores, estudantes, antropólogos, antropólogos, profissionais das Ciências Sociais e Humanas, profissionais da comunicação e específicos/as em geral.

O LA'GRIMA convida todos para a conversa com a artista em 19/10 às 11hs, com Jorge Coli, Gui Mohallem e Yael Steiner, e mediação de Fabiana Bruno.

As paisagens de Natalie Salazar são traduções feitas com fragmentos de palavras que restaram como vestígios de um tempo histórico, uma tentativa de conferir sobrevida aos acontecimentos do Holocausto, em Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial, vividos por sua família. Retomando 14 romances escritos pelo seu avô, Michael Bruckner, a artista suspende o que se poderia ler nesses livros e os expande como obra visual. Palavra-Paisagem reúne experiências com interfaces entre literatura, arte, ciência e história e se aproxima das investigações e questionamentos abordados pelo LA’GRIMA.

Conforme Ingold, para o exercício da antropografia, conceito-valise que ele sugere, é preciso prestar atenção ao movimento, ao que está acontecendo e ao desafio para a sua apreensão e descrição. No movimento, a multiplicidade de linhas dobram-se, linhas formam nós sem perder suas singularidades, nem o movimento. Seriam meshworked. 

Com esta inspiração, o II Seminário Imagem, Pesquisa e Antropologia (SIPA) reunirá pesquisas e reflexões e performances em que a imagem (fotografias, vídeos, cinema, desenho) em conexão com a escrita - distintas grafias meshworked - serão tema de mesas redondas, oficinas e exposições. 

MAIS INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: 
www.sipa.ifch.unicamp.br 
lagrimaifch@yahoo.com.br

Exibição do filme "O Som dos Sinos", dirigido por Marcia Mansur e Marina Thomé, seguido de uma Mesa de debate, com participação das diretoras e da Profa. Dra. Sylvia Caiuby Novaes (USP) como debatedora convidada. 

Coordenação: Dra. Fabiana Bruno (LA'GRIMA/Unicamp).   

Sinopse:  

Em Minas Gerais, toques de sinos anunciam e marcam o ritmo da vida dos moradores das cidades históricas. O tempo do trabalho, do descanso, da oração, da celebração. Mais de 40 tipos de toques de sinos são conhecidos na região e foram registrados como Patrimônios Culturais Imateriais Brasileiros. Os sineiros, personagens do alto das torres, aprendem como comunicar mortes, partos, incêndios, missas e horários sacros.  Os toques dos sinos de hoje se transformaram através do tempo, misturando à sua origem colonial a forte presença africana no Brasil. O documentário é uma representação da experiência religiosa no cotidiano e busca o universo simbólico da fé íntima e das cidades onde reverberam os toques dos sinos. 

O longa "O Som dos Sinos" é parte de um projeto de documentário expandido, pioneiro na utilização de novas mídias para a divulgação do patrimônio imaterial. A tecnologia digital pode atuar na valorização de bens culturais, fortalecer diálogos e a compreensão entre culturas. Como as novas gerações reagem, interagem ou criam novas formas de expressar seu patrimônio cultural? O projeto trabalha com a combinação entre memória e novas tecnologias, cartografia sonora e engajamento comunitário através de uma produção transmídia que inclui uma plataforma multimídia online com mapeamento sonoro e conteúdos inovadores, um documentário interativo, intervenções audiovisuais públicas em fachadas de igrejas e um premiado aplicativo para celulares que funciona como um áudio-guia para os toques dos sinos. 

Direção: Marcia Mansur e Marina Thomé